segunda-feira, 18 de abril de 2011

Teoria do Muro Mental

 O que se segue é uma teoria que chamo de Teoria do Muro Mental. Para alguns, apenas será mais um estudo sobre a Teoria do Bloqueio Mental, de Freud. Mas não o é. Na verdade, tudo que aqui escreverei nada mais é do que uma epifania. Um simples devaneio depois de uma aula sobre Filosofia do Atomismo Lógico, entendida por este que vos escreve.
 A mente é uma central, na qual os pensamentos (partículas) formam conceitos (objeto), e através da linguagem (escrita e/ou fala) que se pode tornar concreto tais pensamentos e conceitos. No entanto, entre a mente e a linguagem há um caminho mental, que aqui chamarei de trilha. Uma trilha simples, condicionada psicologicamente pelo indivíduo, levando em consideração fatores individuais e sociais, mas não tratarei, neste momento, destes fatores. É nesta trilha (ou caminho mental) que se forma o muro.
 O muro é construído por um conceito. Este conceito, que será denominado de construtor, é um tipo de pensamento único de uma pessoa. Vamos exemplificar este construtor sendo ele um amor platônico. O fato da pessoa apenas idealizar a outra, e não ter correspondência, é um gerador de um pensamento único, que acumulado gerará um conceito construtor. Quando o construtor estiver gerado, logo será formado o muro. O muro é um bloqueio entre a Central Mental e a linguagem, evitando a evasão, desenvolvimento e recepção de novos pensamentos e/ou novos conceitos. Porém o bloqueio não é totalmente "vedável", como na teoria de Freud. Por ser um muro, e por ser uma estrutura que sofre abalos e pode ser destruída, um pensamento pode ultrapassá-lo e efetivar a transição central/linguagem e vice-versa. Outro ponto a ser analisado é a "falta de alguns tijolos no muro", o que possibilita a transição de alguns pensamentos, mas não de conceitos, a não ser que os conceitos que passam pelas fendas do muro sejam pífios e simples demais.
 O muro não precisa, necessariamente, ser uma percepção amorosa. Pode ser qualquer outro bloqueio mental que pode causar ineficiência no processamento de pensamentos e conceitos (quero deixar claro que, quando falo em conceito, falo de um conjunto de pensamentos que formam uma ideia). Há até uma possibilidade de fazer a analogia de que, a central é uma cidade, da qual saem vias e nessas vias podem haver muros que foram levantados por diversos tipos de construtores - diversas razões mentais que causaram tais pertubações em forma de bloqueio - e quando o(s) muro(s) é (são) destruido(s), a(s) trilha(s) é(são) liberada(s), e o fluimento conceitual é normalizado, pois não há mais um bloqueio que impeça a evasão, desenvolvimento e recepção dos pensamentos durante a transição central/linguagem.
 A Teoria do Muro Mental é muito mais extensa e complexa. Isto foi apenas a introdução do meu ensaio. Não cabe aqui expô-lo, pois o ensaio precisa ser severamente revisado, aprofundado e complementado. Sem mais.