sábado, 30 de abril de 2011

O Amor, a maior incógnita da vida.

  Que vontade de gritar!!! Gritar aquela expressão!!! Aquela maldita, porém a mais apaixonante expressão. Aquela que nos faz sentir o calor gélido do amor, da paixão instantânea, que oscila, mas sempre está queimando. Sempre está queimando-me.
  Posso não ser o último romântico (este é o Lulu), nem o penúltimo (este é o Lobão), mas, com certeza, sou o antepenúltimo romântico.
  E por que se sonha com isso? Sonho que estou junto à pessoa amada, que ela finalmente me aceitou, e agora estamos juntos. Discutindo a decoração da casa, a cena do beijo do mocinho e da mocinha daquele filme mais que conhecido. Ouvindo um velho blues, uma gaita cantada pelos nossos corações dizendo um ao outro: "Eu te amo". Por quê? Por que a mente é tão ordinária e cafajeste? Se é algo utópico, o sofrimento toma conta das tripas. Mas, mesmo que seja um sonho, é uma representação paralela da vida, ou seja, algo que em outro plano é real. Será que é real? Será que um dia sentirei o calor de seus lábios, as flechas fumegantes de seu olhar. Como saber, se minha timidez não permite que eu seja mais objetivo em relação à declarar-me? Por que amamos? Se o amor é correspondido o sentimento torna-se límpido. Mas se não, resta e impera a dor e o rancor. Apenas dor e rancor.
  Eu só queria dizer que a amo. Amo sim, não posso controlar nem esquecer. Mas há tantos riscos. Dependendo da minha ousadia, da minha insistência, muito poderei perder. Então o que fazer? Prometi e saí realmente do barco. O barco partiu, e eu caí no mar. Nadando freneticamente estou em busca deste barco. Há a possíbilidade de encontrar algumas ilhas ao longo do caminho. Mas não quero encontrá-las. Quero encontrar aquele barco. Quero salvar minha princesa do pirata mau. Será que ela quer ser salva? Como saber? Não se sabe. Eis a questão.
  "O amor é uma flor roxa que nasce no coração do trouxa."